A sexta-feira mais quente do varejo está chegando e, com a implementação da internet 5G no Brasil, este ano a tecnologia deve ser protagonista nas vendas da Black Friday. Mesmo diante da demora na implantação da quinta geração nas capitais brasileiras, hoje já podemos dizer que diversas das principais cidades no país já contam com essa tecnologia disponível.
As vendas de smartphones que captam o sinal da nova banda larga também têm mostrado forte crescimento, segundo estudos da consultoria de inteligência e mercado GFK. Os dados indicam que a venda dos aparelhos passou de 6,7% para 17,5% do volume total de celulares no primeiro semestre. Para o consumidor, a boa notícia é que os preços diminuíram, em média, 30,9% no mesmo período. E essa tendência acelerou ao longo do segundo semestre, estimulada pela maior disponibilidade de ofertas no mercado e pela natural curiosidade e interesse dos usuários.
Dados divulgados pela consultoria Opensignal agora no final de outubro, em que se comparam diferentes países em relação à velocidade e disponibilidade do 5G, apontam que o Brasil atualmente só tem velocidades inferiores às da Coreia do Sul nos municípios com disponibilidade do 5G “puro”, com velocidades de download do 5G em cidades como Brasília sendo superiores a 370 Mb por segundo.
Em um cenário de 4,7 bilhões de usuários de internet no mundo, o que representa 60% da população mundial, este ano o 5G vai dar ainda mais velocidade para os consumidores que buscarem os descontos da Black Friday na palma da mão. Um levantamento da NZN Intelligence revela que, mesmo depois da reabertura do comércio físico, 64% da população brasileira ainda prefere comprar alguns produtos e serviços pela internet.
Ao longo dos 2 anos mais intensos da pandemia de COVID-19, as compras evoluíram muito no formato do e-commerce, estimuladas pela necessidade das empresas e pela migração dos formatos para o mobile commerce e aplicativos. De acordo com o relatório Webshoppers 46, elaborado pela NielsenIQ | Ebit em parceria com a Bexs Pay, atualmente constam 49,8 milhões de compradores online no Brasil, o que representa alta de 18% na comparação do primeiro semestre com o mesmo período do ano anterior, quando o número era de 42 milhões.
O ano de 2022 segue marcado por grandes desafios devido aos cenários político e econômico turbulentos. Mesmo nesse contexto, a pandemia impulsionou o crescimento do modelo de e-commerce no Brasil, o que podemos observar pelo amadurecimento na forma de realizar compras online, com clientes explorando cada vez mais novas categorias. Os shoppers buscam praticidade e promoções especiais no online, abrindo as portas para que as lojas explorem as novas possibilidades de fidelizar os consumidores e evoluam nos negócios.
Outra característica decisiva para o fluxo de vendas na Black Friday serão os novos formatos digitais disponíveis para compra. A mesma pesquisa aponta que os clientes realizam suas compras principalmente em sites de busca, redes sociais, através de aplicativos e digitando o nome da loja. O consumo também vem crescendo por meio de formatos como o live commerce e o social commerce – tudo com potencial de ser impulsionado pela agilidade do 5G.
O comércio eletrônico brasileiro atingiu a marca de R$ 118,6 bilhões em vendas no primeiro semestre do ano. O valor corresponde a uma alta de 6% em comparação com o mesmo período de 2021. Levando em conta as importantes datas sazonais do segundo semestre, a expectativa é que esse número seja ainda melhor, mesmo com o recente e elevado aumento do fluxo de consumidores nas lojas, motivados pela retomada do presencial após duros meses de restrições e confinamentos. Assim sendo, em nossa primeira Black Friday da “era 5G”, não podemos negligenciar a importância da conectividade aumentada e das novas tecnologias no aumento das vendas, da conversão e da satisfação dos consumidores – rumo à aceleração das as novas demandas de uma sociedade futura 5.0.
Artigo originalmente publicado por OlharDigital
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